E me lembro... tanto que o 8087 foi desenvolvido para compartilhar e aliviar o 8088 das operações matemáticas deixando a cargo dele somente as operações de controle...
Quase isso.

O co-processador era dedicado apenas à parte de ponto flutuante. Todas as demais operações continuavam com o processador central. A intenção não era aliviar carga, mas suprir algo que era feito por software. Exemplo: o Clipper ainda hoje é abastecido com esse software. Repare que a biblioteca de emulação de ponto flutuante da Microsoft ainda existe no logo do Clipper. E ela é linkada. Na época, quando as máquinas não tinham co-processador, sempre que uma instrução da FPU (floating Point Unit) era encontrada, como não existia uma FPU, era gerada uma exceção, que por sua vez disparava uma interrupção, que por sua vez era interceptada pelo emulador, que por sua vez executava aquela instrução de alto nível utilizando instruções mais discretas. Por isso, qualquer sistema, mesmo que não tivesse o co-processador, era capaz de executar instruções de ponto flutuante. Ao instalar um co-processador, a exceção não era mais gerada e o processo transcorria normalmente.
Operações BOOLEANAS (.f. ou .t.) não nada mais que 0 e 1 ?
A lógica booleana é um conjunto de convenções matemáticas de dois valores que envolvem vários conceitos relacionados à computação e à matemática lógica. Da relação de conceitos, incluem-se várias primitivas das quais se podem derivar diversas operações lógicas. Normalmente a programação, mesmo de baixo nível, não se envolve diretamente com esses tipos de primitivas. Também por isso, erradamente se convencionou chamar a lógica booleana de lógica de dois estados: verdade ou falso. Nem dá pra entrar em detalhes. A coisa é extensa e complexa. Mas há muito mais na lógica booleana.
0V ou 5V não são nada mais que desligado ou ligado e por conseguinte 0 e 1 ??
Sim, claro. No contexto binário sim. Mas isso tudo é convenção. Nunca se perguntou porque não poderia existir um terceiro dígito? Poderíamos ter uma lógica ternária, não? Pois isso é perfeitamente possível. Mas essa convenção é bem antiga, da época da pré-história da computação. Naquela época a eletrônica necessária para tornar real um terceiro dígito era algo inalcançável. Como dois dígitos eram suficientes, não houve preocupação. Hoje em dia, sim, seria viável técnicamente. Mas inviável cultural e financeiramente.
Que "contexto" ou "convenção" é capaz de afirmar que a matemática existe mais não existe

Não entendi...
Você não me entendeu. A matemática, per se, é claro que existe. Eu fiz referência apenas às operações básicas que, no contexto da lógica booleana, não existem. Nela não existem operações de adição ou subtração. Existem primitivas, através das quais são derivadas funções. Entre as quais, adição e subtração.
Por isso insito que me diga quem comprovou essa tese ou ondes estão registradas essas convenções...
Mas isso não é tese, nem hipótese ou teoria. É fato. Não há o que comprovar. Mas você pode estudar algo relacionado à lógica booleana, que existe desde o começo do século 20.
Não sei qual a sua formação entretanto não duvido da sua cultura mas não posso me furtar em dizer que a minha é em Engenharia Elétrica
Minha formação é totalmente auto-didática. Mas se você é engenheiro elétrico, sabe melhor do que eu que qualquer computador é, na verdade, uma máquina analógica, semelhante a um rádio, por exemplo. Logo, TUDO o que diz respeito à lógica digital é uma coleção de meras convenções. Se te ensinaram algo diferente disso, me desculpe, ensinaram errado. Digo isso sem medo de errar.
Neutro (nomeclatura convencionada) é igual a ausência de carga que não é a mesma coisa que Terra (nomeclatura convencionada), que é excesso de carga consumida
Então, pela Lei de Ohm, você há de concordar comigo que o NEUTRO pode se tornar um TERRA, não é? Pois então. Isso se chama inferência imediata. Pois foi também nela que me baseei para afirmar a inexistência objetiva das operações matemáticas no contexto de um processador. Mas note a diferença: o contexto é num nível baixo. Se formos falar em um nível mais alto, é claro que elas existem. Nossa discordância em alguns pontos deve estar na sutileza deste detalhe.
Face ao exposto, não posso concordar com vc quando segere que "convencionalmente"... Quanto às operações de adição e subtração, elas existem, sob certo contexto. Sob o contexto da lógica booleana não. Logo, também não existem sob a ótica da eletrônica; digital e muito menos analógica. (suas palavras)
Disse e confirmo. Na objetividade da máquina computadora, ou do processador, que seja, essas operações não existem. São convencionadas e tornadas reais pela lógica booleana. Mas, só pra frisar, repito: na matemática existem, obviamente.
Como seria possível a existência da eletrônica, seja ela digital ou analógica, sem a presença da eletricidade que por sua vez favorece a física e esta última, a forma mais pura e aplicada da matemática ?
Opa! Calma. Você está exagerando. A eletrônica não favorece a física. A física é apenas uma ciência que nos permite descrever, orientar e desenvolver os fenômenos ligados à eletricidade e, num nível mais superior, a eletrônica presente nas máquinas.
"Não há suposições, hipóteses nem tão pouco contradições no mundo da ciência exata - a única ciência inegavelmente comprovada"
Albert Einstein
Putz! Sou obrigado a discordar até do Einstein. Se é que ele disse isso mesmo.

))
Tudo o que o ser humano já descobriu na ciência é baseado na observação. A partir dela o que se fez foi inferir, deduzir, induzir, propor, contradizer e finalmente, PROVAR. E tem sido assim desde os primórdios da humanidade.
Portanto,
HÁ suposições,
HÁ hipóteses e
HÁ contradições na ciência, pois estas são ferramentas que representam sua mola mestra. Tudo para se chegar a um fim: a PROVA.