PC Toledo

Lembram da discussão com o Eolo, que até causou a criação deste "interface com clientes", e também a saída dele aqui do fórum?

Ele falava que o importante era a forma de apresentar as coisas para o usuário, enquanto todos discutiam questões técnicas.

Anos depois fizemos a mesma coisa, ou até pior.
E agora, a conclusão é que tudo tem a ver com a "interface com clientes", e não diretamente com o que é usado pra isso.

Apenas cada um tinha um ponto de vista, e na época não houve acordo.
Mesmo parecendo que ele queria ficar em console, na prática ele estava falando da interface com clientes, que pode ser considerada GUI.
Pois é... no final ele tinha razão, foi realmente um grande mal entendido.

Devemos justamente discutir sobre a interface com clientes, como ele dizia.

Saudade do Eolo, por onde anda esse maluco inteligente.

Olá!

sygecom escreveu:Saudade do Eolo, por onde anda esse maluco inteligente.

Segundo me disse, já faz algum tempo, (e o Facebook dele), está aposentado.

Por uma grande coincidência, entrei no facebook agora à noite, e a primeira coisa que apareceu foi uma postagem do Eolo.
Aquelas que ficam aparecendo, mostrando o que outras pessoas postam.

Amiguinhos,

Eolo tá de romance com uma tal de Stela, Artois. Não larga dela.

Toledo, valeu por avisar do tópico. Aqui estou.

Primeiro: obrigado ao Quintas pelas palavras, que mostram bem o que eu quis dizer na época.

Os dois lados são importantes, tanto a ferramenta usada quanto a interface. Mas o objetivo principal é o cliente, que é quem paga e vai usar o software. Então, fazer uma interface complicada de usar (muitas informações, muitas cores, muitas opções, fontes rebuscadas etc.), seja console ou GUI, pode ser contraproducente e até causar o desinteresse do usuário.

Acho que a grande vantagem do computador é resumir rapidamente um buzilhão de informações em “uma única tela”, fácil de digerir pelo usuário.

Segundo: sim, finalmente aposentei. Acabei de completar 70 anos e as obrigações hoje se resumem a ajudar nas tarefas de casa, ir no mercado, tirar vários cochilos durante o dia, cuidar das contas, botar o carro na estrada toda semana pra passear com a dona e tomar cerveja com os outros velhos no buteco da pracinha...

Grande abraço a todos!

PS. Rochinha, a Stellinha é que não larga d’eu!!...

Eolo escreveu:Acho que a grande vantagem do computador é resumir rapidamente um buzilhão de informações em “uma única tela”, fácil de digerir pelo usuário.

E isso resume toda discussão que vínhamos tendo sobre GUI, interface gráfica de usuário, e até mesmo sobre programa console.
O motivo todo é pra deixar mais fácil pro usuário mexer.
Como sempre foi falado que é pra "ficar na moda", a gente sabe que moda passa, então parece algo inútil.
Tudo bem que parece algo que todo mundo deveria saber, mas de vez em quando precisa chamar a atenção pro motivo.

E o mesmo vale pra editor de texto, IDE, compilador, e principalmente FONTES PRG.
Nesse caso NÓS somos os usuários, e devemos deixar fácil pra nós.
Até isso é bom lembrar, sobre os fontes PRG que são pra nós, e a gente costuma só complicar.... rs

No final isso resume tudo de programação: deixar tudo fácil e rápido de mexer, seja pra nós ou pra nosso usuário.

Não existe programa moderno ou ultrapassado, existe programa fácil ou dificil de mexer.
O que o programador precisa identificar, é se tá fácil só pra quem conhece o programa, ou se tá fácil pra qualquer pessoa.
E é aí que entram os recursos visuais, pra ajudar nisso.

O Eolo falava disso, enquanto os outros falavam de recurso específico, igual aconteceu em nossa discussão recente, onde falar de recurso não chegava a lugar nenhum.

Colocar um elevador numa casa não vai transformá-la em um prédio, mas se transformar uma casa num prédio ela pode precisar de elevador.
Mas a casa tem moradores, é importante agradar aos moradores, antes de qualquer mudança.
E assim é nosso aplicativo: o objetivo é sempre agradar o usuário, facilitando sempre que possível, e não enchendo de coisa inútil e complicada só pra dizer que tá moderno, é importante avaliar o conjunto geral.

Mudar pra GUI é bom?
É parecido com o caso do elevador.
Talvez precise ir reformando a casa primeiro, até chegar no ponto em que o elevador vai ser necessário.

E é isso: como o Eolo sempre disse, ficar fácil e rápido pro usuário, é pra isso que o computador serve.
O que ainda precisamos acostumar, talvez, é que isso se refere também à tela/uso do programa, e não apenas velocidade de processamento.

E é isso: como o Eolo sempre disse, ficar fácil e rápido pro usuário, é pra isso que o computador serve.
O que ainda precisamos acostumar, talvez, é que isso se refere também à tela/uso do programa, e não apenas velocidade de processamento.

Quintas, mantenho hoje só dois clientes (são desde 1990), que afinal já são mais amigos do que outra coisa. Dois irmãos, cada um com uma oficina aqui no Itaim, Capital, só atendem BMW, Mercedes, Audi etc. Imaginou o perfil?

Outro dia, fiz uma alteração pros dois (da placa antiga pra nova, do Mercosul) e voltei a provocar, perguntando por que eles ainda usavam aquele programa Clipper, “da Idade da Pedra”, com PCs antigões.

Resumindo as respostas:
“Seu programa resolve, é fácil de usar, tem o essencial. Mudar pra quê? Ok, baixei várias demos de programas atuais, todos GUI, com mouse, Manual de Usuário de 300 folhas e help/chat on line, tentei usar cada um por uns dias, mal consegui sair da primeira tela. Todos muito complicados, com centenas de opções inúteis, eu ia ter que contratar um técnico só pra configurar e depois operar o programa. Os caras que fazem esses programas acho que nunca entraram em uma oficina...”.

Apologia do Eolo a antiguidades? Não. Alerta que o software tem é que atender ao cliente. Não ao programador.

Ou, como dizia o motto de um filme de 2002:
“Simplify. Clarify. Economize”.

Eolo escreveu:com centenas de opções inúteis, eu ia ter que contratar um técnico só pra configurar e depois operar o programa.

Pois é, eu tenho pensado nisso também.
Com o tempo a gente vai acrescentando centro de custo, conta contábil, e muitas outras coisas que pra muita gente nem interessa.
Pra esses, a gente só tá gerando trabalho inútil, e talvez assustando por causa de tanta opção.

Até este simples relatório:
Deve assustar um novo usuário.
Tô pensando em alterar pra: FILTROS, e aí sim, aparecer pro usuário escolher se quer filtrar alguma coisa.
Não parece, mas pode ser a diferença entre assustar ou não.

É até simples de entender:
Desse jeito estou mostrando o que ele não quer, ele vai achar ruim, vai parecer complicado de usar.
Se ele quiser um filtro, aí ele está interessado, e vou mostrar opções variadas, por isso ele vai gostar.

Provavelmente é esse tipo de coisa que acontece lá: querem mostrar tudo que tem disponível, e mesmo que a empresa possa precisar, acaba sendo visto como complicação.

É o que vou prestar mais atenção daqui pra frente, são esses detalhes que fazem a diferença pra novos usuários/clientes.
Precisa de recurso sim, mas jogar tudo de uma vez pro usuário, é deixar ele perdido.
É que geralmente a gente pensa em colocar recursos e facilitar programação, mas esquece de quem tá do outro lado.
Ou porque nossos usuários estão acostumados, nem eles e nem nós percebemos....

Montei uma resposta, vim postar, esqueci como faz pra publicar IMAGENS aqui no Forum.
Cliquei no "Img", abriu um , tentei digitar o path, CTRL V, não funcionou.
Help! kkkkkkkk

Tem uma opção na parte de baixo que tem o campo para upload.

Sobre as interfaces, um livro que eu gosto muito é de Paul Heckel, chamado "Software amigável". O livro é antigo, os exemplos em lótus 123, wordstar, etc. Mas os princípios são brilhantes.

https://www.estantevirtual.com.br/livro ... 2937651020

Um desses princípios chama-se: "conheça o objeto do seu trabalho". Ele fala da importância do programador conhecer a área de atuação do software que ele está desenvolvendo. Eu me lembrei desse princípio quando vc falou sobre o software para revendas.

PS ANTECIPADO: As imagens saíram na ordem errada. A primeira é a segunda e a segunda é a primeira.


O que eu faço se o cara da oficina quer um relatório (geral ou específico) baseado nas OSs.

No ACHOICE Relatórios (figura 1), o cliente seleciona OSs/Físico e dá ENTER.
Abro uma tela (figura 2) com as informações “primárias” das OSs: período desejado (de emissão), cliente e placas (o mesmo veículo pode mudar de dono).

Se deixar tudo em branco e teclar F3 Processa, vai gerar um buzilhão de páginas. Todas as OSs desde o começo dos tempos, todas as peças e serviços, todos os clientes, todos os veículos. Esquece.

Quer filtrar? Fácil, intuitivo:
- Início/Fim – digita as datas inicial e final desejadas. Início em branco: a partir do recno(1). Final em branco: EOF().
- Cliente – seleciona o cliente teclando F2 no campo ou digitando o código dele.
- Placas – igual a Cliente.

F3 Processa vai gerar (em tela) o relatório de todas as OSs emitidas de 01 a 31/01/2020, do veículo placas EOL-0703, de qualquer cliente. Demora alguns segundos (ufa!), com DBF/NTX. Daí pra frente o usuário imprime em papel, se quiser/precisar.

Sim, esse Kadet GS Prata foi meu.
Eu escolhi a placa: EOL 0703.
Dá EOLO da esquerda pra direita e EOLO da direita pra esquerda (de ponta-cabeça).

PS. Vlademiro. Valeu. Só não consegui botar as imagens na ordem certa.

Sobre as interfaces, um livro que eu gosto muito é de Paul Heckel, chamado "Software amigável".

Um desses princípios chama-se: "conheça o objeto do seu trabalho". Ele fala da importância do programador conhecer a área de atuação do software que ele está desenvolvendo. Eu me lembrei desse princípio quando vc falou sobre o software para revendas.

Vlademiro, bingo!

"Conheça o Objeto do seu Trabalho".

Surgia um cliente novo, eu sentava com o cara e começava a prosa: "Ae, me diz o que vc faz, como vc faz, pra eu saber como vou poder ajudar?"
Daí eu começava a montar o software, baseado no perfil daquele cliente específico.