O sonho da fabricação de chips nos EUA desperta para a realidade da crise trabalhista
Os EUA investiram US$ 52 bilhões na fabricação de semicondutores, mas há apenas um problema: ninguém qualificado para comandar as fábricas. A América terceirizou não apenas os chips, mas também as habilidades para fazê-los. O CHIPS Act não consertará uma escassez de talentos de décadas em formação.
O sonho de fabricação de chips dos EUA desperta para a realidade da crise trabalhista
Não está claro onde os EUA encontrarão os 300.000 engenheiros e outros trabalhadores de alta tecnologia necessários para equipar as novas fábricas de chips planejadas
Os semicondutores alimentam quase todos os aspectos da vida moderna — carros, smartphones, dispositivos médicos e até mesmo sistemas de defesa nacional.
Esses componentes minúsculos, mas essenciais, tornam a era da informação possível, seja dando suporte a equipamentos hospitalares que salvam vidas ou facilitando os últimos avanços em inteligência artificial.
É fácil considerá-los garantidos, até que algo dê errado. Foi exatamente isso que aconteceu quando a pandemia da Covid-19 expôs grandes fraquezas na cadeia global de suprimentos de semicondutores.
De repente, para citar apenas uma consequência, novos veículos não puderam ser finalizados porque os chips produzidos no exterior não estavam sendo entregues. A crise no fornecimento de semicondutores interrompeu indústrias inteiras e custou centenas de bilhões de dólares.
A crise ressaltou uma dura realidade: os EUA dependem fortemente de países estrangeiros — incluindo a China, um rival geopolítico — para fabricar semicondutores. Esta não é apenas uma preocupação econômica; é amplamente reconhecida como um risco à segurança nacional.
É por isso que o governo dos EUA tomou medidas para investir na produção de semicondutores por meio de iniciativas como o CHIPS and Science Act, que visa revitalizar a manufatura americana e foi aprovado com apoio bipartidário em 2022.
Embora o presidente Donald Trump tenha criticado o CHIPS and Science Act recentemente, tanto ele quanto seu antecessor, Joe Biden, têm elogiado seus esforços para expandir a fabricação doméstica de chips nos últimos anos.
No entanto, mesmo com o apoio bipartidário para novas fábricas de chips, um grande desafio permanece: quem irá operá-las?
https://asiatimes.com/2025/03/us-chip-m ... ik36JuGcA#
Saudações,
Itamar M. Lins Jr.