Eolo escreveu:Eu não acho que "quase" seja adequado numa situação dessas. Ou o novo código é 100% único ou não é. Se não, fica igual à tal história, "mãe, to quase grávida..." eh eh eh
Você não me entendeu. O "quase impossível" é um pensamento que faz parte da minha obrigação de me prevenir. Veja: eu disse que após gerar o número TESTO SUA EXISTÊNCIA. Se o "quase impossível" acontecer e ele já tiver sido utilizado, GERO OUTRO NÚMERO e testo novamente. Esse esquema nunca me falhou. Dificilmente vou precisar gerar um segundo número.
Abrindo um pouco o foco deste ponto, eu já vi colegas se referindo à idéia de abolir códigos em seus programas, mas nunca entendi isso direito. Se em praticamente tudo é usado código, em que casos se poderia prescindir deles?
Quando você está interagindo com uma empresa e quer ser rapidamente identificado, é válido fornecer a eles uma identificação numérica que seja única. Um número de conta corrente num banco é uma identificação simples. Não é do feitio deles, mas eles poderiam utilizar seu CPF ou mesmo seu telefone, que são identificações únicas.
Meus clientes não usam código algum. Há várias formas de buscar o cliente sem usar um código numérico. Ele pode usar uma tabela com pesquisa incremental pelo nome (ou CNF/CNPJ) ou mesmo o GET do nome digitando parte do nome ou parte do CPF/CNPJ ou o número do telefone. Na eventualidade de nomes/números parciais coincidirem, automaticamente o sistema faz aparecer um browser que contém apenas estes poucos registros.
Nunca gostei de usar códigos de identificação. Usei uma vez na vida. Não gostei do resultado e apaguei tudo. O cliente, à época, gostou muito da troca.
Não há uma perda na facilidade operacional, mas sem dúvida é um número a menos pra atrapalhar. E em termos de processamento ou armazenamento, claro, não faz diferença.
Um desses colegas argumentou comigo que achava terrível, por exemplo, uma pessoa ir ao banco e ser reconhecido não pelo nome, mas por um número.
O banco nem precisaria do número da conta do cidadão, a princípio. Eles usam por dois motivos: o cliente obrigatoriamente precisa ter um número de conta corrente. E segundo, se tem, ele precisa saber qual é. Logo, fica mais fácil usar o número da conta. Não há necessidade disso, mas o banco poderia muito bem usar o CPF ou telefone.
montei o que ele precisava, semelhante à "cadirneta" dele, e ele mandou deletar o outro. Outro cliente é um supermercado, que tem um programa famoso rodando, mas que vai ser substituído por um meu em uns 60 dias... Mesma coisa.
Já tive clientes absurdamente burros que não se davam bem nem com máquina de calcular com quatro operações. Pra esse tipo, qualquer coisa é complicada demais. Mas não aceito a idéia do "caderninho" e não aceito que o software seja excessivamente complicado. Um meio termo é sempre mais apropriado. A gente tem que trabalhar muito pra que o cliente trabalhe menos e de maneira bem fácil. Mas sem deixar de lado o rigor inerente ao sistema. Em certos tipos de negócios, a solução exige alguma complexidade. Cada caso é um caso.
depende do tamanho do cliente, da sua estrutura, do seu ramo de atividade, da cultura pessoal dos donos etc.,
Exatamente. Esse é o ponto.
via de regra se esquece do usuário, da capacidade dele usar um sistema, e se faz coisa que acaba atrapalhando ao invés de ajudar.
Isso tudo eu ignoro. Prefiro perder o cliente. Não vou deixar de fazer bem feito o meu trabalho só porque o cliente não tem conhecimento ou disposição suficente para aprender o básico,
só porque ele acha "complicado". Ele também tem que se dispor a aprender algo novo às vezes.
Então, não se trata de ser "retrógrado", mas se o usuário fatura 50mil por dia controlando cheques numa "cadirneta", por quê forçar ele a outra coisa?
Porque ele poderia faturar mais ainda se tivesse uma ferramenta de tabalho melhor. Na medida que você o ajuda a expandir seus conhecimentos, deixando pra trás os conceitos antigos/arcaicos, você o está ajudando a melhor compreender que a informática pode oferecer muito mais do que um simples "caderninho". A partir daí é conseqüência: a situação dele só tende a melhorar. E você ainda corre o risco de ganhar um fã.
[]'s
Maligno
http://www.buzinello.com/prg